sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Por Uma Melhor Integração: METRÔ-Rio + BICICLETAS




O que nos traz hoje, Ciclistas Cariocas *, ao Metrô-Rio é o desejo de tornar a Cidade do Rio de Janeiro mais humana e sustentável. O Metrô-Rio e as Bicicletas exercem juntos, neste sonho possível, um fundamental papel: o Metrô-Rio, com seu sistema de transporte limpo, rápido e de alta capacidade e as Bicicletas**, por serem ecológicas, igualitárias e saudáveis, por excelência!

O diálogo entre o Metrô-Rio e as Bicicletas tem uma história que começa em 2004 (Anexo 1). Como resultado disto, há hoje bicicletários em onze estações, e é permitido transportar Bicicletas nos trens nos finais de semanas. Estes relevantes passos demonstram a capacidade de negociação das partes envolvidas e seu entendimento a respeito dos ganhos da cidade ao integrar as duas modalidades de transporte.

Prosseguindo neste diálogo, apresentamos, a seguir, propostas que avançam na integração. Metrô/Bicicletas.






*O termo Ciclista (s), empregado aqui, refere-se às pessoas que utilizam a bicicleta como meio de transporte,
 e não a esportistas.                

** O termo Bicicleta(s), empregado aqui, refere-se aos modelos utilizados como meio de transporte, 
e não para fins esportivos.
   


 


         




PROPOSTAS

1)      Realização de um estudo sobre a demanda e a oferta de vagas nos bicicletários existentes nas estações do Metrô-Rio. Sugerimos que o referido estudo seja conduzido por especialistas do Metrô em parceria com representantes dos Ciclistas Cariocas. O tema é recorrente nas redes sociais virtuais de ciclismo no Rio de Janeiro e, portanto, merece nova pesquisa que subsidie as reais necessidades.

2)      Extensão da permissão para se portar Bicicletas nos trens para os dias de semana. A determinação sobre quais vagões, portas e horários será permitido transportá-las será definida pela concessionária do Metrô-Rio. Pesquisamos como se dá este transporte em outras cidades brasileiras (São Paulo, BH e Curitiba) e do mundo (Nova York, Londres e Toronto) (ver Anexo 7).

3)      Permissão para se transportar Bicicletas Dobráveis, dobradas e embaladas, em bolsas apropriadas, em todos os vagões, todos os dias, com as devidas recomendações e cuidados postados nas estações (Anexo 4).





4)     Permissão para o transporte de bicicletas nas escadas rolantes. Sobre o tema, leia o texto extraído do Site Transporte Ativo e veja o filme, no You Tube, que trata do Metrô de São Paulo.
           http://youtu.be/jyTbF6XOrSA



5)      Colocação de Adesivos Educativos na traseira dos ônibus do Metrô-Rio, e nos conveniados, e nos painéis internos frontais. Os adesivos (como os mostrados abaixo) informam sobre segurança, lei e convivência com o ciclista que, de acordo com o CTB Código de Trânsito Brasileiro, deve, na ausência de ciclovias, circular na via para automóveis (ver também Anexo 3):

Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores.
Art. 201. (motoristas devem..) guardar distância lateral de um metro e cinquenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta.
Art. 220. Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível com a segurança do trânsito:...... XII ao ultrapassar ciclista: Infração - grave;






                        

               
                   
(A discussão sobre a distância segura entre veículos a motor e bicicletas está ocorrendo em inúmeras localidades do mundo. Veja um exemplo no Anexo 3).

6)      Instalação de ‘Racks’ para Bicicletas na parte frontal dos ônibus do Metrô-Rio e dos conveniados que percorrem as linhas expressas da cidade, como a ligação Barra – Leblon (veja como se carrega o ‘Rack’, no Anexo 6).



         Rack para Bicicletas usado em inúmeras cidades da Europa e América do Norte.

7)      Participação de Ciclistas Educadores nos programas de treinamento do Metrô-Rio para familiarizar seu staff com a presença crescente de Bicicletas nos trens e estações e vias públicas. A tônica dos programas será o RESPEITO MÚTUO, e o treinamento se dará por meio de palestras, vivências – motoristas e condutores de trens serão colocados na situação de ciclistas, e vice-versa – filmes, e outros.

8)      Emprego dos monitores de TV nas plataformas para projeções que incentivem e eduquem passageiros a usarem Bicicletas e as transportarem no Metrô-Rio.


CONCLUSÃO


Esperamos que o nosso encontro renove e reafirme a relação de parceria entre o Metrô-Rio e os Ciclistas Cariocas. Que gere excelentes frutos e ações conjuntas neste futuro tão próximo em que o Rio recebe importantes eventos - Rio + 20, COPA do Mundo e Olimpíadas. Transporte público de qualidade, integrado a Bicicletas, será fundamental para o sucesso destas iniciativas.

As três esferas de governo respaldam a integração intermodal com Bicicletas: a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, “Capital da Bicicleta” declarada, o Governo Estadual, com o programa da Secretaria de Transportes intitulado “Rio Estado da Bicicleta” e o Governo Federal, no âmbito do Ministério das Cidades, que possui o programa “Bicicleta-Brasil”.

Queremos poder contar com a parceria do Metrô-Rio, e das empresas de ônibus conveniadas, nesta iniciativa que se inspira tão somente no desejo de um futuro melhor e mais sustentável na Cidade do Rio de Janeiro. Ganharemos todos muito, cariocas, turistas e a cidade que queremos maravilhosa!















Anexo 1
Metrô Rio e o Ciclista
Descrição: Logo_TA_180.gif
A Transporte Ativo procurou o metrô pela primeira vez em 2004, através de Carlos André Ferreira, o Kadeh, um dos sócios fundadores. O Motivo era o embarque de bicicletas nos vagões, no mesmo ano o Grupo de Trabalho para Ciclovias da Prefeitura, da qual a Transporte Ativo faz parte, também se pronunciou sobre o assunto com o Metrô Rio. Um ano depois, em 2005, a empresa começava a integração bicicletas / metrô, liberando o embarque destas aos domingos.

Ao longo dos anos, vários técnicos e funcionários do Metrô Rio, participaram de workshops e seminários ministrados pela Transporte Ativo em Parceria com a Prefeitura do Rio, se aproximando cada vez mais do assunto bicicletas e transporte público, veja alguns links para algumas atividades que o Metrô Rio participou:
http://www.ta.org.br/site/banco/7manuais/workshop/ws_ciclo_2007.htm
http://www.ta.org.br/site/BAnco/7manuais/t5wsp/
Em 2008, em uma nova aproximação, a TA levou ao Metrô uma apresentação sobre Bicicletas Públicas, com o objetivo de apresentar a empresa uma nova tendência que estava por vir e as possibilidades de integração modal entre bicicletas e metrô. O mesmo projeto foi apresentado à Prefeitura e originou a atual Zona 30 de Copacabana.
O assunto despertou interesse, por parte do Metrô Rio, em bicicletários nos foi pedida uma apresentação sobre o tema, seguida de um acompanhamento até o início da implantação dos atuais bicicletários nas estações.



Anexo 2
A propaganda se vale da Bicicleta para projetar sua imagem de sustentabilidade. Exemplos, entre nós, são o Banco Itaú e o Bradesco, as seguradoras Sul América, Porto Seguro e UNIMED, e muitas outras empresas. Veja alguns exemplos abaixo.

PORTO SOCORRO BIKE


A Porto Seguro incentiva o uso da bicicleta. E para que você possa pedalar com tranquilidade, desenvolvemos o Porto Socorro Bike: um serviço de assistência* dia e noite em caso de:

·         Pneu furado: reparo ou trocada câmara de ar (aros 20" e 26");
·         Quebra da corrente: emenda ou troca da corrente...

SULAMERICA NIGHT BIKERS

A SulAmérica Seguros e Previdencia incentiva o uso da bicicleta como meio de transporte alternativo, além de buscar a melhoraria da qualidade de vida dos cariocas e contribuir com o meio ambiente da cidade. O Rio de Janeiro é uma cidade privilegiada: de um lado, o mar; do outro, as montanhas e suas florestas. Não por acaso, o Rio tem a maior malha cicloviária do Brasil: 140 km que atraem 300 mil pessoas por dia.

Itaú patrocina programa de aluguel de bicicletas no Rio

Ao todo serão instaladas 60 estações em 14 bairros da cidade até 13 de dezembro deste ano

Gustavo Rampini


Anexo 3
A BICICLETA :: Código de Trânsito Brasileiro (CTB)
Regras relativas a bicicletas
Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito de suas atribuições;
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestres e de animais, e promover o desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas;
Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito de suas atribuições;
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestres e de animais, e promover o desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas;
Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes lindeiros, o condutor deverá:
(...)
Parágrafo único. Durante a manobra de mudança de direção, o condutor deverá ceder passagem aos pedestres e ciclistas, aos veículos que transitem em sentido contrário pela pista da via da qual vai sair, respeitadas as normas de preferência de passagem.
Art. 39. Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser feita nos locais para isto determinados, quer por meio de sinalização, quer pela existência de locais apropriados, ou, ainda, em outros locais que ofereçam condições de segurança e fluidez, observadas as características da via, do veículo, das condições meteorológicas e da movimentação de pedestres e ciclistas.
Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores.
Parágrafo único. A autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via poderá autorizar a circulação de bicicletas no sentido contrário ao fluxo dos veículos automotores, desde que dotado o trecho com ciclofaixa.
Art. 59. Desde que autorizado e devidamente sinalizado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via, será permitida a circulação de bicicletas nos passeios.
DOS PEDESTRES E CONDUTORES DE VEÍCULOS NÃO MOTORIZADOS
Art. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios ou passagens apropriadas das vias urbanas e dos acostamentos das vias rurais para circulação, podendo a autoridade competente permitir a utilização de parte da calçada para outros fins, desde que não seja prejudicial ao fluxo de pedestres.
§ 1.º O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre em direitos e deveres (...).




Anexo 4
Dobráveis”, conheça um pouco mais:

E a carioquíssima “Cyclophônica”, uma Orquestra de Câmara Sobre Rodas, em suas “Dobráveis”, passeando pelas ruas de Santa Teresa. Uma delícia!



Anexo 5
A distância entre veículos motores e as bicicletas...uma discussão:
Na região de Napa, na Califórnia, está ocorrendo a discussão sobre a distância segura a ser mantida quando um veículo motorizado passa ou ultrapassa uma bicicleta.



Anexo 6
Filmes: Carregando Bicicletas nos “Racks Frontais Para Transporte de Bicicletas” em ônibus urbanos (Fonte: You Tube)








Anexo 7
Regras para uso do Metrô em SP e BH


Regras para uso de bicicletas no Metrô de Nova York.
Do “Não” ao “Sim”, no Metrô de Toronto, Canadá.
Curitibanos conscientes, mas podemos fazer melhor que eles!!!
E no “Tube”, de Londres.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Filhos, festas e aparelhinhos eletrônicos.

Do Blog Ombudsmãe (de Thaís Vinha)
Compartilhado.





Você está numa festa ou jantar. Ao seu lado, um adulto saca do bolso um celular e começa a interagir com a tela. Você tenta puxar conversa, mas ele responde por monossílabos, sem tirar os olhos do pequeno monitor. Isso quando lhe dá alguma resposta. Logo, você e todos ao redor desistem de fazer contato. E a festa segue sem ele.

Adultos normalmente não fazem isso em encontros sociais. É extremamente mal educado além de um despropósito em uma reunião entre familiares e amigos. Quem não quer interagir, que fique em casa.

Pois alguém me ajude a entender o motivo deste comportamento ser cada vez mais tolerado entre as crianças e adolescentes. Nos eventos deste final de ano, me surpreendi com a quantidade de crianças em atitude quase autística diante de um pequeno aparelho eletrônico. 

Meninos e meninas que não conversam com primos, mal respondem às perguntas dos avôs e não se esforçam em fazer amigos. Cheguei a testemunhar adolescentes entediados em locais com mar, gente da mesma idade e piscina, porque lá não tinha internet ou gueiminho. E o pior é que faziam todos ao redor se sentirem os mais chatos do planeta. Difícil competir com o Steve Jobs ou com o Mark Zuckerberg.

Eu sei que começar o ano com um puxão de orelha não pega nada bem, mas pai e mãe, que filhos são esses que estamos criando? A sociabilização é um aprendizado. E como todos os aprendizados tem suas etapas ao longo das diversas fases da vida. Nossos filhos, com nossa total conivência (e, convenhamos, muitas vezes para nosso sossego), estão deixando de viver fases essenciais deste aprendizado. 

Os aparelhinhos são inevitáveis? Que sejam, mas cabe a nós orientá-los para o uso social deles. Em festas nem pensar. (Em recreio de escola idem, onde já se viu criança parada e sozinha no intervalo?)

Tourear crianças em restaurante ou eventos não é fácil. Mas se o convite é para levá-las, que sejam aceitas como são: irriquietas, brincalhonas, barulhentas, crianças, ora!  Antes isso do que decorações de mesa com brilho azul no rosto.

O que mais sinto é pela perda. As crianças que vi conectadas me pareceram muito legais. Talvez se eu tivesse um outro aparelhinho conseguiria que elas me adicionassem como amiga. Na base da conversa, fracassei.








O Movimento Multa do Cidadão é a resposta de um grupo de cidadãos contra anos de omissão do poder público em coibir o abuso dos direitos de quem caminha por calçadas. Nelas, estaciona-se, põe-se mesas, caixas, deixa-se esburacada, suja, faz-se necessidades, atira-se lixo, e tudo o mais. Rua é fora.  E nada é feito para melhorá-las. Quem caminha, entende-se, é um ser de segunda categoria.

Mas, com a recente criação do Movimento Multa do Cidadão, pode-se melhorar a situação. O Movimento 'multa'... ele, eu , você e todos também. Qualquer um pode...e deve. Nesta primeira etapa, criou-se 'multas-adesivos' para serem coladas aos vidros dos carros estacionados sobre calçadas. É o começo, e parece que a ideia caminha muito bem! Veja as multas. Se quiser, imprima-as em adesivos e junte-se ao Movimento, que é aberto. Dê notícias! Ou entre em contato para obtê-las.