quarta-feira, 28 de abril de 2010

O que você come afeta o planeta 2

Verduras e frutas convencionais, não orgânicas, não são, infelizmente, de todo boas para a saúde - para não dizer que são venenosas. E são horrendas para solo, água e biodiversidade. Você se importa? Sei, com certeza absoluta, que me dirá que passar fome dói. Dói muito. Mata. Mas comer comida envenenada não pode ser um projeto do bem intencionado Fome-Zero. Todos temos que nos empenhar em desenvenenar o Brasil, e o mundo.

Infelizmente, não dá mais para negar que a sopinha do bebê está contaminada. E o leite que sua mãe lhe dá, com amor, lamento, também. Os alimentos não orgânicos, contêm quantidades perigosas de substâncias químicas prejudiciais à saúde. E elas são tantas, e tão nocivas, que será enfadonho listá-las. Mas, deixe-me citar apenas algumas. Seus nomes, só de se enunciar, fazem uma corrente fria percorrer a medula. São alguns deles o acefato, endossulfam, tamaron, gramoxone, paraquat, mancozeb, monocroftos, folidol, malation, decis, etc. Conte-me do pavor que seus nomes duros provocam em você! Só não posso acreditar que não se fale mais, muito mais deles.

É preciso alimentar a todos, mas não se pode negar a verdade. Quem pode pagar, então, que passe a comprar produtos orgânicos, um ou dois, se for possível, ou muitos, ... mas que o faça, já, para que logo, num futuro bem próximo, os alimentos verdadeiramente saudáveis passem a estar em mais mesas de brasileiros e no mundo todo.

Depende de nós consumí-los, em pequena ou grande escala, para que aumente a produção, a concorrência e para que os preços caiam. Mais do que um prazer ou um privilégio, o consumo de orgânicos por parte de quem sabe o seu significado para a saúde humana a do ambiente, é uma obrigação, um ato de altruísmo.

Pense nisso, na sua próxima compra.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

O que você come afeta o planeta - 1


O que você escolhe para comer tem uma relação direta com o estado do planeta.


CARNE

Quando você come carne vermelha, no Brasil, há uma grande chance de que esta carne venha de uma região de desmatamento. É difícil saber.

O Greenpeace, em seu site, e depois de um extenso estudo sobre as origens do desmatamento na Amazônia, alerta-nos para que verifiquemos de onde vem a carne que compramos. Esta não é uma tarefa para qualquer um. Experimente ir ao supermercado, ou a um açougue, e perguntar quem lhes fornece carne? Será que obteremos uma resposta? Será que poderemos perseguir o frigorífico que nos indicarem e saber se realmente ocupa área de desmatamento?

Há outras questões críticas com relação à carne que consumimos. No território nacionla, há milhares de fazendas que utilizam mão de obra escrava. Como saber se a carne que comemos não vem de um deste locais?

Do ponto de vista da saúde, ingerir carne não pode ser bom. O gado confinado movimenta-se um mínimo. Desta forma, engorda e sua carne não se converte em músculo. Além disso, o confinamento gera um ambiente onde microorganismos patogênicos proliferam com extrema facilidadade. Animais são tratados PREVENTIVAMENTE com antibióticos. Quem ingere esta carne, ingere os indesejáveis medicamentos nela embrenhados.

Pensando no sonho de uma distribuição equitativa de alimentos no planeta, surge a questão que relaciona grão a carne: a quantidade de carne que serve para alimentar uma pessoa, se transformada de volta nos grãos que alimentaram o animal do qual provem a carne, alimentaria quatro vezes mais pessoas.

Por fim, está a triste e desumana maneira como o gado é hoje criado. Tratado como mera mercadoria, o animal imprime em seus músculos e vísceras, na forma de hormônios, a amargura de seu viver, o desespero de ver seus filhos partirem, arrancados, para transformarem-se em 'baby-beef' e o horror de percorrer o corredor da morte ouvindo os urros do animal à frente sendo morto.

Recomendo os filmes: "A Carne é Fraca", "Fast Food Nation", "The Corporation" e "Food inc."