sábado, 16 de julho de 2011

De bicicleta ao centro do Rio


Venho para o trabalho de bicicleta, da seguinte maneira:

1) Saio de Laranjeiras e chego no Aterro. Quando chego no Aeroporto Santos Dumont, desço da bicicleta para atravessar (e não é fácil por que os carros vem em grande número e em curva). Passo para a Praça em frente ao Aeroporto. Eu a atravesso de bicicleta. Do outro lado, atravesso à pé na faixa (inútil), que ninguém respeita ou pára. Desço da praça andando, pois não há rebaixamento (sempre imagino meus amigos cadeirantes!) e o meio fio deve ter ums 40 cm. Rebaixamentos e recuperação de calçadas, e sinaleiros com botões são baratos para a "sensível" Prefeitura do Rio. São medidas simples e democráticas.

2) Do outro lado da Praça do Aeroporto, em frente à entrada de carros da Aeronáutica, há rebaixamento, e sigo então pela calçada. Ando na calçada quando os lugares são perigosos- respeito os pedestres, dando-lhes preferência. A calçada que margeia o muro da Aeronáutica é bastante vazia e arrumadinha - mostra respeito ao pedestre ou cadeirante! Este é um lugar onde acho que poderia haver uma ciclofaixa compartilhada, estreita pintada.

3) Seguindo: acaba a área da Aeronáutica, e aí as calçadas e os rebaixamentos falham muito. Lembro-me de novo de meus amigos cadeirantes, pobres! Tudo isto pode melhorar. Chego a uma calçada , ao lado do mergulhão, que tem grade. Ali, com um pouco de boa vontade, a calçada pode ser corrigida, alargada e receber os devidos rebaixamentos.

4) Bem, chego à Praça Quinze. Uma zona. Não é difícil, porém, mesmo na zona circular ali de bicicleta. Uma ciclofaixa, pintada no chão, com uma marcação para cegos, disciplinaria bicicletas em baixa velocidade e pedestres.

5) Passo a Praça Quinze. Chego ali no seu extremo, em direção àquelas ruazinhas antigas que levam ao CCBB. Faltam "n" rebaixamentos (...cadeirantes...). Os meio fios são altíssimos.

6) Circulo pelas ruazinhas. Agumas tem o chão liso. Um toque aqui, outro ali, e o lugar se torna maravilhoso. Chego ao CCBB. Atravesso a Rua 1º de Março. Ali em frente ao CCBB, acho que poderia ter uma faixa de baixa velocidade talvez na calçada.

7) E agora vem o ponto "X" do trajeto que é um proposta(eu não o faço porque meu trabalho já é por aí). Existe a Rua Visconde de Inháuma/Marechal Floriano, que segue até a Central. Ela é larga e tem três faixas de cada lado (carros estacionam em ambos os lados e, às vezes, em fila dupla). Ela corre paralela à Av. Presidente Vargas. Uma ciclovia ali pode chegar à Central!!! EUREKA!

8) E seguindo na proposta, ligo a Central à empresa concessionária dos trens urbanos do Rio, a Supervia, "conhecida" por ser "flexível, simpática e ecofriendly"...(kkkkks). Ela certamente ficará encantada com a idéia de uma ciclovia que sai do Leblon e chega à Central. "Este é o espírito do Rio + 20!", bradará!! É tudo o que espera para se mostrar uma empresa não apenas oportunista (Oportrans é seu nome comercial), mas outrossim ligada no seu tempo e público! Seguramente, e sem resistência, colocará, um pedacinho do último vagão de cada trem reservado para bicicletas, e, assim, os ciclistas que vem da Zona Norte, trabalhar ou estudar no Centro ou Zona Sul, podem transportar suas bicis no trem, e desembarcar em segurança para pedalar o resto de seu trajeto. Isto, é claro, antes de se criarem ciclovias seguras e conectadas em toda a Zona Norte, afinal nossa prefeitura é tão "sensível e democrática" (kkkkks)....