terça-feira, 30 de novembro de 2010

Na cidade sonhada...



  A cidade sonhada é aquela inalcançável, tão distante quanto nada. Quanto mais perto dela cheguemos, mais longe estará.    A cidade sonhada é aquela que nunca para de mudar, nunca para de melhorar, é aquela onde só existe o perigo, que não passa de perigo, não chega a tragédia.
   A cidade sonhada não é perfeita, porém o equilíbrio dos fatos é. Nela, as balanças nunca estão retas, pois elas  não medem o peso (o que é superficial demais para a cidade sonhada), elas medem a função exercida por cada coisa e sua importância.
   Na cidade sonhada, não existem mendigos e milionários, e se existe é porque o mendigo quis ser mendigo, e deu suas coisas ao milionário, que ficou milionário, porem todos estão felizes com isso, pois na cidade sonhada ninguém fica triste por isso, até ficam tristes, porém jamais por injustiças.
   Na cidade sonhada, todo mundo é igual.
   Na cidade sonhada, cada um faz seu pouquinho todo dia para a cidade ser a cidade sonhada.
   Mas, a cidade sonhada não tem nome, porque é impossível agradar a todos, sendo injusto para os que não estejam agradados. Porém todos se sentem bem... ao dizer que moram na cidade sonhada.

Teca

sábado, 27 de novembro de 2010

Desigualdade, este é o teu nome!

É simples. Desigualdade. Este é teu nome. É a desigualdade que está na raiz de quase tudo o que vemos, ouvimos e evitamos. No rádio, primeiro a notícia dos ataques no Rio. Carros e ônibus queimados, um ou outro preso. Garrafas com gasolina. Desigualdade. Este é teu nome. Em seguida, notícias de São Paulo. Sem–Tetos invadem prédio e são removidos. Desigualdade. Este é teu nome.

Marxismo, comunismo, socialismo, capitalismo, liberalismo, neoliberalismo – desigualdade. Este é o nome do que está na base deste longo e interminável embate. E por não trabalharmos no sentido de eliminar gradual ou bruscamente a desigualdade, estas discussões ideológicas continuarão por muito tempo. Talvez nunca terminem, porque talvez o homem não esteja programado geneticamente para viver em igualdade. Desigualdade, este é o nome. A história está longe de seu fim.

Sabiamente, Lula promoveu uma ínfima distribuição. É tão pouco o que distribuiu. Entretanto, a vida de muitos melhorou. Gerou-se uma cadeia ascendente de maior poder aquisitivo, de desejo de melhora. Pessoas investiram em bens de consumo, duráveis ou não, essenciais ou não. Mas investiram também em estudo. Muitos se valeram do controverso sistema de cotas. Bom pra eles! Tão pouco fez o Lula e tanto ele fez! Mas, porque ninguém antes, cá por estas bandas, nem isto fez?

O ser humano, está claro, vive bem e feliz com bem pouco: uma moradia segura, física e juridicamente, com equipamentos básicos, energia, água e saneamento, coleta de lixo, e transporte público a curta distância; escola, nos moldes de um CIEP e nada mais que um CIEP, para todos os pequenos; escolas técnicas, para os médios; faculdades técnicas ou completas, para todos; trabalho, para todos, a caminho de estes tornarem-se progressivamente mais e mais sustentáveis; e saúde, boa e ampla, com tônica na prevenção, como muitos países oferecem a seus cidadãos.

Desigualdade. Por que tanta? Até quando? Quanto custa enfrentar-se a desigualdade? Quanto sai a conta de prover o cidadão com o básico, para que ele possa livremente desenvolver-se? Todas as ações de particulares, empresas e pessoas comuns, de governos e instituições públicas devem se voltar para o projeto do fim da desigualdade. Devem-se abrir portas e caminhos, vencer todos limites, pensar novo, acreditar-se no sonho de um país igual, sem feias grades, um país que investe, crê e preza o que é público.

De outra forma, viveremos sempre aos trancos e barrancos, inventando ideologias que camuflam a desigualdade. Nossos olhos pregados no lamentável show televisivo de polícias e milícias. Quanto desperdício humano. Quanta falta de foco. Quanta vergonha desta desigualdade que tem há tanto sido a verdadeira autora da nossa história! Basta desta mentira!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Digam que tudo é bobagem.....

... que não adianta. Que tudo não passa de uma palhaçada! Mas, insistiremos, vários de nós, em aderir e criar mais ondas “sócio ambientais” dentro do INPI. Um coleta e disponibiliza livros a todos. Outros o fazem com revistas. Alguns as pegam e lêem. Outras recolhem pilhas e baterias para descarte adequado. Uns reúnem roupas, livros e brinquedos. Outros ainda disponibilizam as coisas boas que já não lhes servem para que outros mais, que delas precisem, as peguem para si (podem ser barbeadores elétricos, cabos de computador, LPs, bonés, bolas, etc). Mais ainda, muitos doam seu sangue quando o INCA nos solicita, ou quando algum parente em nossa comunidade precisa. E há quem receba um montão de papel usado (e descartamos muito papel!) e o transforme em úteis bloquinhos, distribuídos a todos. Complicado, não? Não. Simples. Leva apenas uma dose de solidariedade.

Prontos, com este nosso exercício espontâneo, aguardarmos agora as novidades no INPI para a A3P - Agenda Ambiental da Administração Pública. Se você quiser saber mais sobre ela, acesse o site do MMA – Ministério do Meio Ambiente: www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=36

E se você tiver uma nova idéia neste sentido, ou quiser saber mais sobre livros ou revistas para doação no INPI, sobre descarte de pilhas ou reutilização de papel, sobre barbeadores, bolas e bonés, ou sobre qualquer tema aqui abordado, escreva para o Caderno INPI ou para mim.

Ecoabraços!