quarta-feira, 22 de junho de 2011

Julian Assange - Entrevista

http://www.youtube.com/watch?v=bVGqE726OAo

sábado, 18 de junho de 2011

Desmatar mais para quem?

Para quem o Novo Código Florestal, este recém aprovado pelo Congresso, com a anuência do (insira o xingamento) Aldo Rebelo, foi aprovado? Querem desmatar mais em seu ou meu benefício? O que está por trás disto tudo?

Antes de respondermos, saibamos que 80% do que comemos no Brasil, se origina em agricultura familiar. Não é o agronegócio, com seus imensos latifúndios sojeiros, que nos alimenta.

Os grandes produtores do agrobusiness, estes que hoje produzem e exportam soja, são os que lutam por mais terra agriculturável. Quanto menos matas, mais terra, mais soja, mais dólares. São empresas como Monsanto, Dupont, Syngenta, Basf, Bayer, Dow, Cargill, Bunge, Louis Dreyfus e ADM. Estas compõem os lobbies da mudança do Código Florestal. São milhões de dólares para os bolsos de nossos frágeis congressistas!

E soja é o grande componente das exportações brasileiras, um modelo antiquado e estrábico. Com ela viaja, a biodiversidade, a água, o rastro do trabalho escravo, da destruição ambiental e contaminação de solos e água com Glifosato ("Round up").

Será que na balança comercial estão computados os danos ambientais e sociais associados? Presidenta droussef@yahoo.com.br, mudemos! A conta das exportações tem que incluir o ser humano e o meio ambiente. Não é mais possível privatizar-se lucros e socializar-se prejuízos.

Respondendo: não se está buscando a aprovação oficial para mais desmatamento para meu ou seu benefício, e sim para o lucro deste punhado de empresas corruptoras que seguem cegas no seu modelo colonialista irresponsável.

No dia 19/06/2011, em Copacabana, milhares de pessoas protestaram para preservar nossas florestas com uma responsabilidade inovadora.

Você tem a ver com Novo Código Florestal?

Sim!

Temos tudo a ver com o Novo Código Florestal, na medida em que dependemos de água, alimentos e medicamentos - no mínimo.

Matas em pé são infinitamente mais importantes do que matas derrubadas ou queimadas - são os grandes reservatórios de água! Desmate, e os 'olhos d'agua' que brotam na mata e escorrem para os rios, formando-os, secam. Sem florestas, não há rios!

Nas florestas diversas, como a Amazônia (o que resta dela), e nas ilhas de Mata Atlântica espalhadas pela costa, é que se encontram as matrizes dos alimentos que compõe nossa feira. É nestes reservatórios de genes que reside a biodiversidade. A partir deste arsenal de força e vida tem-se material para se buscar e melhorar, de forma natural, os alimentos. Sem matas, sem florestas, mingua a biodiversidade, vegetal e animal - ambas intrinsecamente ligadas.

É, é nas matas também que o conhecimento indígena encontra seus medicamentos. Este saber é "biopirateado" há séculos e está hoje nas farmácias do mundo. Sem matas, o saber se esvazia. Onde buscaremos guias para produzirmos medicamentos, como sempre temos feio, legal ou ilegalmente?

E por fim , você eu e todos temos mais a ver com o Novo Código Florestal, na medida em que podemos ainda nos unir e gritar, documentar, divulgar e cobrar mudanças. No dia 19/06/2011, aconteceu o "Sambe pelas Florestas", no Rio. Milhares de pessoas unidas buscaram reverter esta triste e corrupta decisão do Congresso. A decisão ainda vai para o Senado. Que nos ouçam!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Mais ou Menos

Quanto mais temos, mais nos enroscamos. Quanto menos nos apegamos a coisas, mais valorizamos o que temos. Quanto mais compramos, mais temos que comprar. Quanto menos consumimos, mais aliviados respiramos e respira o planeta. Quanto mais usamos o carro, menos nos deslocamos e mais atrasados chegamos. Quanto menos movemos o corpo, mais problemas temos. Quanto mais água usarmos para fins particulares, menos ela existe para todos. Quanto mais comodidade buscamos ao comer, mais substâncias químicas estão nos alimentos. Quanto menos natural a comida, mais lixo ela produz. Quanto mais os supermercados dominam nossa vida, mais os alimentos se tornam artificiais. Quanto mais os supermercados monopolizam a relação entre produtor e consumidor, mais os pequenos negócios desaparecem. Quanto mais longe é o ponto de venda do local de produção, mais os alimentos tem de durar. Quanto mais os alimentos tiverem de durar , mais conservantes terão. Quanto mais os alimentos de diferentes marcas forem colocados lado a lado nas prateleiras dos supermercados, mais eles competirão por nosso olhar, atraindo-nos com corantes, embalagens coloridas e brindes. Quanto mais monopólio, mais química e mais lixo, menos saúde pessoal e planetária. Mas quanto mais monopólio, mais saúde financeira de uns poucos. Quanto mais desengorduramos a pele com produtos cosméticos, mais óleo ela produz. Quanto mais condicionamos o cabelo com cremes, mais temos que lavá-lo. Quanto mais as mulheres se maquiam, menos belas ficam. Quanto mais jovens desejam permanecer, menos tempo tem para aproveitar sua maturidade. Quanto mais abandonamos as ruas por medo, mais o que nos amedronta toma as ruas. Quanto mais vemos o outro como estranho, e insistimos nesse olhar, mais o tememos e o guerreamos. Quanto mais gradeamos nossa vida, mais temos que nos proteger. Quanto mais delegamos as soluções para nossa vida a políticos, menos ela mudará, e mais chatos ficaremos. Quanto menos buscarmos nos envolver com pessoas em busca de objetivos comuns, mais solitários, gradeados e impotentes ficaremos. Quanto menos sonharmos, mais estagnado deixaremos tudo, preguiçosamente largados na frente da televisão. Quanto menos crermos no que sonhamos, mais vazios nos tornamos. Quanto menos tempo reservarmos para amigos, família, e para viabilizar os sonhos, menos estes terão campo fértil para crescer. Quanto mais conversarmos sobre nossos sonhos, mais veremos que outros os sonham também.