domingo, 8 de novembro de 2009

Pilhas, baterias e celulares fora de uso...


Pilhas, baterias e celulares fora de uso devem ser descartados corretamente: 'devolvidos' aos locais onde foram adquiridos ( tenho dúvida quanto à seriedade dos comerciantes brasileiros neste quesito...) ou para locais específicos que os recebam.

No Rio há ainda umas poucas latas verdes para descarte deste tipo de material. Verdade é que também não são confiáveis. A Comlurb informou, há alguns anos, que as descontinuariam, 'porque não estavam dando certo'. A verdade é que falta educação!

Mas, neste ínterim o Banco Real tem o simpático "PAPA PILHAS". Basta acumular pilhas, baterias e celulares e encaminhá-los para lá.

Antes de adotar esta medida, pesquisei o site do Banco Real e constatei que os materiais são recolhidos pela SUZAQUIM, http://www.suzaquim.com.br/abertura.htm . O site desa empresa informa que resíduos industriais, pilhas, baterias e resíduos tecnológicos são por eles reprocessados e destinados à produção de óxidos e sais metálicos para a indústria química. O restante dos materiais, não reutilizáveis, são encaminhados a aterros industriais, onde são 'guardados' até que o dia em que se descubra o que fazer com eles...!

Conclusão:

a) Se você tem pilhas, baterias e celulares para descartar, deve levá-los a um PAPA-PILHAS do Banco Real (veja o site do banco, pois não são todas as agências que os recolhem).

Só não descarte pilhas, baterias e celulares velhos como lixo comum! Estes materiais contém substâncias extremamente tóxicas, como mercúrio, chumbo, cobre, zinco, cádmio, manganês, níquel e lítio (os que apresentam maior risco à saúde são o chumbo, o mercúrio e o cádmio). Quando descartados no ambiente, como em lixões, os metais pesados vazam para o solo e lençol freático (águas subterrâneas).

b) Se puder, evite o uso de pilhas e baterias! Por exemplo, evite dar às crianças brinquedos que levem pilhas. Estou segura que a educação dos 'miúdos' não será prejudicada...muito pelo contrário! Usar pilhas recarregáveis, obviamente, diminui um pouco o problema (mas há controvérsias, veja http://www.ambientebrasil.com.br/ ).

Evite também jogar no lixo celulares velhos. Doe-os, ou contenha o ímpeto de adquirir sempre o modelo da moda. A indústria estará sempre criando novidades, pois é disso que vive. Mas, podemos repensar nossas manias: a de se deixar seduzir pelas novidades e a de descartar, sem consciência, montanhas crescentes de lixo diário.

Aguardo 'pilhas' de comentários! E uma 'bateria' de ações ....

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Kadish por meu pai






Ele estava doente há três anos. Foi triste vê-lo neste processo de degeneração. Além disso, ele há muito dizia que não queria partir e deixar minha mãe. Ele esperou que ela fosse. Ela se foi em junho, depois de um longuérrimo Alzheimer. Ninguém merece. Garanto a você. 
Doença cã.

Mesmo com eles doentes há muito, perdê-los, mesmo na idade em que estou, parece com perder seu guarda chuva em meio ao temporal. Parece que o telhado da casa voou num vendaval. Algo assim.

Parece que depois de perder ambos, caminho pelas ruas de São Paulo solta, sem lastro, sem ligação. Penso mesmo se a cidade pode ser para mim, sem eles. Quem me trará de volta? Qual o vínculo? Se alguém me perguntasse antes isto, se minha relação com a cidade passava por eles, eu teria rido. 'Jamais!', provavelmente, teria dito. Mas, caminhando nas redondezas da casa onde eles moraram no final, tudo isto surgiu em mim. Senti-me sem identidade.

Por isso rezamos sete dias, ou guardamos o luto por este tempo. Depois falamos no assunto com um mês. Depois com ano, quinquênio, decênio, cinquentenário de morte...São marcos inscritos no metabolismo das nossas células.

Como estou já de volta à vida normal, e só hoje faz uma semana que ele partiu, atropelei o tempo da vida para viver o luto. Deu esta melancolia. Ela bem cabe. Oro meu próprio Kadish, por meu próprio pai e minha própria mãe.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Dia mundial sem carros




Potentes e glamorosos... ah, os automóveis! Desde que o Modelo T da Ford saiu da pioneira linha de produção, já se vão cem anos. Convertemo-nos, desde então, em authomens e automulheres, vivendo a vida em autometrópolis. O carro veste o homem, empresta-lhe cara nova. É símbolo de status, objeto de culto e cenário de fantasias. Atire a primeira pedra o leitor que não sonhou estar ao volante com uma bela mulher ao lado. Ou a leitora que não vacilou diante do Redford que lhe segurou a porta do carro.

O automóvel surge e vai produzir incisivas mutações em corações e mentes. Vai definir um novo conceito de tempo. Vai rasgar cidades, campos e florestas. Vai sujar o ar e atazanar nosso sono com seu ronco. Vai espremer calçadas. E sua sede por combustíveis, a qualquer tempo e lugar, levará o homem a guerras, frias ou quentes. Cabeças rolarão por um mero barril de petróleo (sugiro a leitura de: “Petróleo: uma história de ganância, dinheiro e poder” de Daniel Yergin).

E no século XXI, o automóvel segue, com invejável juventude. Sempre novo, é movido agora por novos combustíveis biológicos, ou por gás, injetados em motores flexíveis. Tudo remoçado para que a autosociedade não pare. E atrás de petróleo, ainda, baixamos ao mar abissal, lá onde repousa, intocada, uma camada salina. Este renovado fôlego é, para uns, um ato de coragem. Para outros, audácia! Estes últimos crêem que deveríamos mudar nosso estilo de vida e investir em energias verdadeiramente renováveis.

Conclusão: há polêmica na autopista de nosso viver. Afinal, há décadas, vemos e sentimos o meio ambiente degradar-se. Em 1997, dia 22 de setembro, a França reage e cria o “Dia Mundial Sem Carro”. Em 2000, a União Européia adere, com a participação de 760 cidades. Em 2001, o Brasil entra na onda, com 11 cidades, entre Florianópolis, Porto Alegre, Belo Horizonte e Niterói. Hoje são milhares de cidades no mundo! Neste dia, usa-se transporte público, caminha-se, pedala-se, vai-se de skate ou patins. Só não se usa o carro.

Como ressalta o site http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/9055 “mais do que estimular as pessoas a deixarem seus carros em casa durante um só dia, a idéia da campanha é marcar a luta por um transporte público de qualidade, por menos poluição do ar, por respeito ao pedestre, por mais ciclovias, enfim, pela mobilidade urbana”. A idéia é fazer com que reflitamos sobre o uso excessivo e, tantas vezes, desnecessário do automóvel. Que pensemos na dependência que temos deste veículo que tanto simboliza o individualismo que hoje nos aflige.

Mas, caro leitor, se este texto cair em suas mãos depois do dia 22 de setembro, “Dia Mundial Sem Carro”, não se exaspere. Qualquer dia é dia de repensar hábitos! Se você vai ao trabalho de carro, experimente o transporte público. É econômico, você pode ler um livro no trajeto e estará, acima de tudo, fazendo sua parte para humanizar sua cidade. Se você não mora longe do seu destino, que tal tentar a bicicleta? A moda pode pegar. No Rio, onde moro, se a prefeitura transformar a Rio Branco em rua de pedestres, como promete, será um charme chegar ao centro pedalando... além de saudável, ecológico e super civilizado!Se quiser saber mais, http://www.pedal.com.br/exibe_texto.asp?id=3411 . Eco-abraços!

domingo, 30 de agosto de 2009

Sacolas plásticas: pense bem, e rápido, antes de aceitar a próxima!


(Texto esrito para publicação no Jornal do INPI/agosto 2009)

Os oceanos do mundo estão lotados de plásticos. São Maranhões de sacolas a flutuar nos mares! O mundo todo as usa, afinal, comprar é o grande esporte dos nossos tempos! E nós, no Brasil, abusamos. Compramos uma lâmina de barbear e a levamos na sacola. Uma aspirina, e lá vem o saco. Uma inocente barrinha de cereal...e um insalubre plástico a acompanha. Que saco! Por que não recusamos sacolas plásticas? Será inércia? Vergonha? Pois vergonha é o que devemos sentir em relação à nossa inação!

Pensemos juntos. Sacolas plásticas são baratas para o comerciante e de graça para nós, consumidores. Oba! Mas para o meio ambiente, hummm! Para a natureza – e somos parte dela, lembra-se? - o custo é altíssimo e não está computado nas despesas. Agora, quem paga a conta por nossa irresponsabilidade ambiental coletiva é a natureza. No caso das sacolinhas, é a vida marinha, peixes, tartarugas e baleias, quem paga. Em breve, a conta será de todos. Afinal, tudo está conectado. O que fazemos de bom e ruim, na sociedade e no planeta, converte-se em custos ou benefícios para a coletividade. Aproveitemos porém que, na rede em que vivemos, as boas 'maneiras' de um logo contaminam os outros.

Sem mais conjecturar, mudemos já. É simples e fácil. Pode ser o início de uma longa e saudável jornada de mudanças de atitudes. Na sua próxima compra, daqui a pouquinho, recuse uma sacola plástica. A primeira, a gente não esquece! Será um pequeno passo para você, um passo gigante para o planeta. Objetos pequenos, como remédios, pilhas e balas, podem ser colocados na bolsa ou no bolso. E ao recusar a sacolinha, fale alto e claro: “Obrigado, não necessito da sacola”. O caixa e as pessoas da fila o ouvirão, e isto não é pouca coisa, creia-me! Sentirão uma ponta de inveja de sua atitude. Nas compras maiores, no supermercado ou padaria, leve sacolas, à moda antiga. De pano, palha, ou as novas e bacanas que se vende por toda parte. Assim faziam nossas felizes e sábias avós. E há cada dia mais pessoas nesta onda.

Muitas pessoas me dizem, porém, que necessitam dos sacos para embalar o lixo. Isto é verdade. Mas, se você notar, acabamos com mais sacolas do que podemos usar. E muitas, pequenas, ou como as recebidas em livrarias e lojas de roupas, não se prestam a sacos de lixo. Recuse-as e ponto. Além do mais, quando separamos o lixo reciclável, usamos um número muito menor de sacolas. 80%, em média, do volume do lixo que produzimos diariamente, em casa e no trabalho, compõe-se de lixo reciclável. Sobra pouco lixo comum. Nas lixeiras para recicláveis, em condomínios e locais de trabalho, como no INPI, não é necessário usar sacos de lixo. Os recicláveis são lixo “seco”.

Mas, falemos disto numa próxima oportunidade. À moda de Jack, the ripper...vamos por parte. Por hora, comece a recusar sacolas. Depois, se a moda pegar, você logo se verá separando o lixo reciclável, reduzindo o uso de água e eletricidade, evitando o uso do carro, consumindo orgânicos, separando sobras vegetais para compostagem .... neste dia, considere-se um autêntico cidadão dos modernos tempos modernos, tempos em que cada um pensa em si como parte de um todo, o coletivo de todos nós!
Nova lei: DA SOLIDARIEDADE

(redigida por conta da convocação de Susana Barros aos colegas e amigos, para que a apoiassem na manifestação contra a CEG e a ALERJ, na ação que ela e outras mães moveram contra a empresa para incriminá-la pela morte dos filhos por gás. Ao pedido de apoio, atenderam cinco pessoas, extamente, de um universo de 300, aproximadamente. Minha indignação, diante desta indiferença e alienação dos colegas, foi imensa.)

ART. 1 Fica decretado que nenhuma mãe será obrigada, ela própria, a escrever aos colegas e amigos para pedir-lhes que a apoiem, e a outras mães, com a presença numa manifestação contra a empresa de serviços públicos privatizada, negligente e avarenta, que vitimou mortalmente sua filha ou seu filho. Os amigos convocarão a todos;

ART. 2 Fica também aqui decretado que esta mãe não precisará, ela própria, providenciar a confecção de uma faixa a ser ostentada na pequena manifestação – que reclama a culpa da empresa, mas que não lhe trará a filha, ou o filho, de volta. Os amigos providenciarão tudo;

ART. 3 Fica ainda decretado que os amigos comparecerão em peso e, num gesto solidário, tomarão das mãos desta mãe a faixa, para ostentá-la diante de automóveis e ônibus que, ferozes, ameaçam-lhe a integridade e a vida. Os amigos a substituirão, segurando as faixas e brigando com a pressa egoísta e não solidária dos passantes;

Inciso I Para fins desta Lei, ficará subentendido que amigos são os amigos, propriamente ditos, os conhecidos, os subordinados, os superiores, os que desconhecem a mãe, mas, enfim todos que conhecem o sofrimento que é perder uma filha ou um filho;

ART. 4 Fica, além de tudo o mais, decretado que não é preciso ser mãe ou pai para sentir carinho e empatia com esta e com as outras mães. Basta ser filho: você mesmo;

ART. 5 Fica decretado, sem esquecer, que não é necessário passarmos pelo que alguém passou para setirmo-nos solidários com a pessoa;

ART. 6 Fica, acima e além de tudo, decretado que filhas e filhos não morrerão mais antes de suas mães, e de seus pais. E esta cláusula é completamente pétrea!

Esta Nova Lei entrará em vigor no momento em que os destinatários a lerem.

E estamos ditos.
M.B. 27/08/2009

terça-feira, 28 de julho de 2009

NUMA TARDE DE JULHO...

Pensamento sem ação arruína a alma, sim senhor. Abençoado seja quem vê novela daS 8, ainda que passe às 9. BBB. Todos. Só isso e pensa nisso. Dor d'alma? Argh. Uma água de marca. Intestino-relógio. Tranca. Trava. Tramela. Insulfilma. Auto-segurança-se. Se média é a classe, vai de carro. Tem o que falar. Amigos para almoçar. Falar e almoçar a vida dos bonitões da televisão. Todos agora repetem um dizer hindú...E se, acaso, a TV sai do ar...oco-me. Dor, ruína?... Qual é! Net coNET recoNET. Permanece. Mulambos choramingam na calçada. Mãos estendidas nos alcançam. Passantes sujos tocam o ombro para oferecer HallMentholiptus a R$0,50. Touch pas.Não nos toquem imundos muitos. Crianças assaltam e entregam o celular aos PM na guarita do Largo. Tropeço em sujeira na rua do centro e de fora do centro. Buracos na calçada tem o formato de Minas. Ou Bahia e Pará. Um camelô foge do rapa e atropela com a carroça de churros a senhora na Av. Rio Branco. Guarda municipal barrigudo impõe-se sobre os irmãos subgentes. Lumpem distribuem papéizinhos e se distribuem simetricamente a cada 2 metros. Apanho tudo, para que seu trabalho de hoje termine mais cedo. Burguesa-ecológica, jogo tudo na lixeira de reciclagem do trabalho. Para onde vai ? Para onde vamos? Escolas, hospitais e transporte públicos para subgentes, brasileiros. Why not? Tudo de todos, no Brasil, é ruim. É cláusula pétrea. So? Visa Amex e Master. Smiles. Twitter. Facebook. Blog. Tarifas da Golden sobem

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Baias in-humanas

Trabalho num local com baias. Baias para humanos. Todos podem ver o topo das cabeças do vizinhos. Poder-se-ía imaginar que num lugar assim, onde cada um trabalha em sua baia, com seu computador individual, todos falar-se-íam e trocariam. Mas, estranha é a psicologia humana. Os anos se passam , e cada vez ficamos mais estranhos uns com os outros. Cada vez é menor o número de pessoas com quem falamos. O todo, a intercomunicação espacial não propicia uma boa comunicação geral. Relacionamo-nos com vizinhos próximos, e comedidamente. Grande é o constrangimento de adentrar-se uma baia totalmente estranha. Uma sensação de penetrar território inimigo. E fica-se, cada um no seu canto, solitários e grupilhos. Sem querer querendo, é uma boa maneira de administrar esta gente, tão desagregada.

Dizem que o criador dos espaços com baias, na década de 50, arrependeu-se de sua criação. Mas ela ganhou pernas próprias. Com esta semi-divisão espacial, aproveita-se melhor um espaço exíguo. Ele é dividido. É a privacidade sem privacidade, o comum individual. Ouve-se muito. Pouco comenta-se. Pensa-se demais.

Estranho o humano ser.

quarta-feira, 15 de julho de 2009


Sossega, coração! Não desesperes!

Talvez um dia, para além dos dias,

Encontres o que queres porque o queres;

Então, livre de falsas nostalgias,

Atingirás a perfeição de seres.

Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!

Pobre esperença a de existir somente!

Como quem passa a mão pelo cabelo

E em si mesmo se sente diferente,


Como faz mal ao sonho o concebê-lo!
Sossega, coração, contudo! Dorme!

O sossego não quer razão nem causa.

Quer só a noite plácida e enorme,

A grande, universal, solente pausa

Antes que tudo em tudo se transforme.


Fernando Pessoa, 1933










Fernando Pessoa, 2-8-1933.

Filhos...




sábado, 20 de junho de 2009

Paulina




Minha mãe morreu dia 19, último. Pequena. Seu pequeno caixão negro. Simples, como ela. Nasceu em 1933. Depois de 13 anos de Alzheimer, um agressivo câncer a levou. Quem sabe dizer o que sentem os que sofrem de Alzheimer? Sabem? Choram? Sentem algo? Seus olhos cerrados, nos últimos anos, e sua postura encurvada e retorcida, não dava a entender que nos ouvisse ainda. Mas, a moça que dela cuidou, Neide, sentia sua vida viva, e por passar cada minuto dos últimos anos com ela - cuidando dela com muito carinho - sentiu muito sua partida. Sentimos também, mas de outro modo. Sua morte, lembrou-nos de quando era plenamente viva. Suas risadas, suas tardes em casa, tomando café, suas fase motorizada, num possante fusca laranja 'tala larga'. Ela vindo me buscar no ballet. Seu rosto escondido por trás do volante, subindo a rua, apenas despontando. Lembro dela trazendo um saquinho de papel branco com pão e sal, na inauguração de nosso escritório. Lembro de sua vinda para me consolar num momento difícil. Lembro muito. Tudo encerrado no pequeno caixão negro no meio da sala. Tão só como a vida lhe deixou, ao reservar-lhe este mal tão mau, o mal de Alzheimer.

quinta-feira, 23 de abril de 2009


Quantas imagens lindas de água há na Internet.

Água deve ser pública. Jamais privatizada. Tem que ser cuidada por todos, e , principalmente, por prefeituras e governos, estaduais ou federais. Deve-se zelar por ela sempre.

Poluidores devem ser punidos. Não há mais desculpas para sujar-se a água com dejectos da indústria e de outras atividades humanas. O custo das multas, para quem não se importa com o mundo, deve ser maior que o custo de tornar uma indústria limpa. Isto é, uma que devolve à natureza uma água com a mesma qualidade daquela que recebeu.

Saneamento básico não é sinal de avanço. É indiscutível. Básico. Uma prefeitura há que ser muito corrupta para não ter toda sua população servida por redes de água e esgoto. No Rio de Janeiro, em 2009, há inúmeras comunidades sem este serviço.

Ao consumirmos, consumimos água. Para produzir-se alimentos, roupas, automóveis, aparelhos eletrônicos, papel e tudo o mais que usamos, precisamos de um oceano de água por dia.

Ao nos desfazermos de nosso lixo, que aumenta a cada dia, usamos mais água, e a poluímos com os rios de chorume de nosso lixo não separado.

É uma ilusão pensarmos isoladamente, como país, que não sofreremos a falta de água. O problema logo afetará a todos. Quando faltar para uns, estes avançarão sobre os que a tem.

E como podemos nos conformar em beber água em garrafa, com marca? Como se pode, sob as barbas dos cidadãos que, distraídos de sua vigilância cívica, assistem suas novelas, privatizar-se a água? Como muitas pessoas pelo mundo, sou pelo boicote à água 'particular'. Devemos exigir que todos os locais tenham bebedores e fontes, como antigamente; restaurantes e bares devem, por cortesia ou por lei, servir água filtrada em jarras.

A arquitetura das casa e edifícios deve ser adaptada para coletar água das chuvas. Isto também deve ser exigido por lei. Os prédios públicos devem sair à frente, dando exemplo.

Mas que prefeitura se habilita?

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Querido Gregório,

















Fiquei muito feliz em participar de sua oficina.
Ela é delicadamente humanizadora.
Empresta-nos uma nuvem...para que sobre ela caminhemos por uns dias! Por sorte, muitos.
Faz-nos ver o que, cotidianamente, não vemos. Pessoas. E coisas que não se compra. Um arejamento.
Momentaneamente, embala e regala o olhar e a escuta. E até o tato, pelos abraços e toques tão amigos que gera.
Libera eus encerrados. Desmascara não eus.
E, de presente, sai-se dela crendo no poder das boas histórias, bem escritas e bem contadas. Um felicíssimo resgate do passado de sempre. Estas histórias alegram, ensinam e encantam. E só!
De quebra, ainda, no ambiente feliz de sua oficina, sai-se com novos amigos. Por sorte, saí com os meus. Uma dádiva. (posso ter a honra de incluí-lo?)

Obrigada pelo carinho e sabedoria, tão bem empregados.
Beijos.
Maysa