domingo, 27 de fevereiro de 2011

De Abelhas e Revoluções

Abelhas estão desaparecedo, enquanto povos oprimidos, os árabes desta vez, estão saindo às ruas e demonstrando seu descontentamento com velhos e cruéis ditadores. Haverá relação entre estes fatos? Sim , e seu elo são as grandes corporações.

No triste caso das abelhas, a mortandade se deve ao emprego ilimitado de agrotóxicos por empresas do agronegócio - o macro modelo de agricultura não sustentável. O cultivo de alimentos que pressupõe o emprego de venenos não pode se perpetuar. E as abelhas, com suas vidinhas, nos alertam disto. Numa vista rápida, nesta batalha com corporações que visam o lucro irresponsável, perdem as abelhas. Mas estudando o caso melhor, perdemos todos. As abelhas, além de produzirem mel, são as mais importantes polinizadoras do ecossisetma. Perdemos nós e nossos fornecedores: o agrobusiness.

No caso das revoluções, no Egito, Tunísia, Behrein e Líbia, as corporações envolvidas são as petroleiras e suas empresas multi-tentaculares. A manipulação maquiavélica destes conglomerados corporativos que mantém no poder, nestes países, ditadores "simpáticos", por décadas sem fim é, também, como no caso do agronegócio, insustentável! A revolta popular tardou, mas está acontecendo. Será uma pena se estes mega negócios e seus acionistas, se governos e  mídias que os apóiam não entenderem a mensagem esbravejada nas ruas e nas redes.

Governos e fóruns e organizações mundiais, devem aproveitar o momento de profunda crise social e ambiental e avançar corajosa e verdadeiramente em direção à demanda de novas posturas e novos comportamentos de corporações e indivíduos no mundo.

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