sábado, 15 de outubro de 2016

CLASSE MÉDIA VAI AO SUS



Se a classe média usa os serviços públicos, ela colabora com a melhoria destes, com críticas feitas a partir de suas experiências, com o melhor domínio de ferramentas para sugestões, reclamações, etc. Penso no uso de Escolas Públicas, serviços de saúde (Postos de Saúde e hospitais), transporte - ônibus e metrô - e espaços públicos, como praças e parques. Uma coisa muito simples, que torna a cidade mais igual. Uma experiência, digamos, banal para sociedades de países mais democráticos e avançados.

(sobre isso, houve comentários interessantes:
 Luciana Pinsky comentou: "Quantos amigos você tem que colocaram os filhos em escola pública? Eu tenho pouquíssimo, inclusive nos defensores da escola pública. Meu filho caçula está em uma CEI e posso dizer que hoje conheço muito melhor - mas ainda pouco - de como funciona uma escola pública. Eu acho que os políticos deveriam colocar filhos e netos em escola pública. Mas não como forma de punição (pois às vezes parece que serviços públicos são associados a punição), mas como aproximação para poderem, enfim, pensar melhor em políticas públicas para educação."
Ao que respondi: "Perfeito Luciana Pinsky. Na minha vida, essa é uma experiência rara. E por que a classe média não experimenta nesse sentido, o fosso na sociedade brasileira só aumenta. Chegamos onde chegamos.
Juliane P. R. Gomes  acrescentou que “A classe média prefere viver endividada para pagar caro por serviços q poderiam ser gratuitos, pois assim alimenta sua ilusão de q pertence a uma elite da qual na verdade nunca fará parte.”
Andréa Cals colocou: Quando meus filhos tinham 7 anos (são gêmeos), coloquei-os na Anne Frank, uma escola pública aqui em Laranjeiras. Era considerada a melhor da rede, e é do lado do Palácio Guanabara. Pois era muito fraca. De ensino e de recursos. De doer. Na época, decidi pagar (como colaboração, claro) uma espécie de mensalidade que correspondia a um pouco menos que uma mensalidade que eu tinha pago na creche, pq era o que eu podia (era freela e sustentava meus filhos sozinha). Mas entendi que não podia continuar com meus filhos lá. Não era justo com eles, e nem mesmo com as crianças que perderam suas vagas pq eles estavam lá. Muito duro, muito difícil e acho que seria uma solução se cada vizinhança adotasse uma ou mais escolas públicas do seu bairro. A maioria das pessoas sabe apontar e condenar os menores delinquentes, mas ninguém se preocupa em colaborar para que exista uma escola que lhes dê oportunidades. Precisamos entender que SOCIEDADE implica direitos e deveres com a cidade e com seus concidadãos. Quando entenderemos isso?)


Capítulo 1.


Estou sem plano de saúde. Resolvi deixar os fantasmas que aterrorizam a classe média de lado e fui ao Posto de Saúde próximo à minha casa. Havia várias filas, por regiões dos bairros vizinhos. Ultra civilizado. Em 5 minutos chegou a minha vez, e como boa integrante da perfumada Classe Média, eu não tinha carteira do SUS. A atendente pediu meu CPF, o digitou, falou meu nome, imprimiu um papel com minha carteirinha, e pediu que eu voltasse amanhã para atendimento com esse documento, a identidade e um comprovante de endereço. Abaixo, minha primeira e mega-fotogênica Carteirinha do SUS, "válida em todo o território nacional". Baita orgulho, gente!





Capítulo 2.



Coloquei no Face que estou sem plano de saúde e que resolvi ir ao Posto de Saúde do SUS para fazer uma consulta e exames. Vamos ver como isso se dará. Mas, minha amiga Rita Voss gentilmente fez o seguinte relato: "tive câncer de mama em 2009. Meu plano de saúde ainda estava em carência e não podia esperar. Fiz a cirurgia em hospital particular e fiquei sem dinheiro para o tratamento. Meu médico me indicou a Santa Casa de São Paulo para fazer o tratamento pelo SUS. Fiz a ficha e já marcaram todas os dias do tratamento. Ficava numa sala com diversos pacientes, sem nada de luxo, era só para tratamento exclusivamente. Nunca atrasaram o atendimento é fui muito bem tratada. Mas creio que fiquei doente numa época em que o atendimento à saúde era prioritário. De agora em diante ficará mais difícil tratar qualquer doença imagina um câncer. Quimioterapia é caríssima."


Capítulo 3.


Coloquei no Face que estou sem plano de saúde e que resolvi ir ao Posto de Saúde do SUS para fazer uma consulta e exames. Vamos ver como isso se dará. Mas, relata o amigo Naslauski Silvio: sou portador de HCV, há mais de 20 anos, nessa época tinha plano de saúde que pagava parcialmente as despesas de exames, ai conheci numa ONG o Dr Evaldo Stanislau, que me indicou o SUS aonde tive um excelente atendimento e a medicação de alto custo disponibilizado para todo o tratamento!



Capítulo 4.


Coloquei no Face que estou sem plano de saúde e que resolvi ir ao Posto de Saúde do SUS para fazer uma consulta e exames. Vamos ver como isso se dará. Mas Flora Holzman, me disse e contou: "Seja bem vinda a esta turma. O atendimento na cidade de São Paulo andou perfeitamente na cidade de São Paulo. Exames que antes demoravam dois anos, passaram a ser feitos em menos de dois meses. Consultas, sem problema. Pelo menos enquanto temos Haddad SP. Posso garantir, pois há cinco anos só uso o SUS. Dependendo da sua região a UBS é mais ou menos completa e mais ou menos eficiente, mas eu acho o serviço muito melhor que o plano de alto nível dos meus filhos, acredite. Já tive de esperar 6 horas por atendimento de minha filha médica em hospital de primeira linha em Higienópolis (bem debilitada e grave), enquanto eu, na véspera, havia sido atendida em 1 hora (e sai medicada e com medicação para todo o tratamento de pneumonia) na véspera, tendo passado pela AMA. Pra vc ver...


A gestão anterior (ao Haddad) esperei nada menos que dois anos por um exame de ultrassom transvaginal. Esperei tanto pelo exame e pela consulta subsequente que, quando consegui, a médica do posto já havia sido substituída e o resultado já não valia mais, tive de fazer novo exame. Hoje, pelo menos na atual gestão, além de marcarem seus exames logo após a consulta, ainda telefonam para confirmar e lembrar você da data e horário.


E não tem essa de dizer que não fazem exames mais sofisticados. Fiz, há menos de cinco meses, uma tomo de pulmão no Graacc por encaminhamento do SUS. Solicitação atendida em menos de 15 dias e atendimento impecável. Fosse plano de saúde, talvez nem aprovassem o pedido ou poderiam até levar algumas semanas para deliberar se era ou não necessária. Aliás, a título de informação, muitos hospitais com pronto-socorro que atendem planos básicos ou considerados de segunda-linha (e aqui omito os nomes para não complicar a vida dos usuários e dos médicos) sequer possuem tomógrafos. São obrigados a transferir...


Já quem é atendido em uma AMA, por exemplo, (que atende todo o mundo igual, desde o morador de rua, até a classe média), se estiver em estado grave e precisar de tomo, por exemplo, é encaminhado de ambulância para o hospital na companhia de um médico e é este que "entrega" o paciente ao outro profissional (médico) no hospital ao qual foi encaminhado.


Capítulo 5.

Coloquei no Face que estou sem plano de saúde e que resolvi ir ao Posto de Saúde do SUS para fazer uma consulta e exames. Vamos ver como isso se dará. Mas, minha querida amiga Claudia Heller, apresenta um relato para lá de realista. Será que a frequência de mais gente de classe média nestes locais não pode trazer uma crítica positiva e construtiva? Pelo jeito há algumas coisas relativamente simples de se solucionar. Mais aí vai o que ela conta: "Tenho a carteirinha há uns três anos. Fiz a minha quando fui fazer a do meu pai. Rápido e sem burocracia. Nunca usei a minha (tenho e uso até a última gota um seguro saúde privado, contratado quando o SUS era inviável).A do meu pai uso todo mês na Farmácia de Alto Custo.
Filas de 3 hs no mínimo, em ambiente sem ventilação suficiente, que eu chamaria de insalubre pois quem está lá está doente ou convive de perto com gente que está doente.
Os atendentes são gentis e atenciosos. Mas muitas vezes faltam medicamentos.
O problema é de infraestrutura e de gestão.
E de concepção também: medicamentos de uso contínuo poderiam ser entregues para 3 meses em vez de mensalmente.
Perde-se um período de trabalho.
Quem mora longe perde o dia inteiro.
Os usuários fazem a conta que compara o valor do medicamentos com o desconto do salário. Como o salário em geral é baixo e os medicamentos são caros, decidem pela ida ao SUS.
Funciona, mas há muito para ser melhorado. Mas vai piorar, com a crise a demanda tende a aumentar - já tem aumentado, visivelmente."


Capítulo 6.


Depois do Capítulo inicial, em que contei que estou sem plano de saúde e resolvi experimentar o SUS para uma consulta e exame de rotina, prossigo. Voltei depois de ter minha carteirinha e fiz, num outro dia, o cadastro. Foi rápido. Como da primeira vez, fui atendida dentro da minha regão (o posto está dividido em regiões dos bairros vizinhos). Soube do horário - para minha região - em que o médico que procurava atende e marquei uma consulta com um clínico geral para dali a dois meses. Recebi um papel, preenchido pela atendente com o dia e o horário da consulta. Tudo segue dentro da mais perfeita normalidade.


Capítulo 7.




Contei que estou sem plano de saúde e que estou experimentando o SUS. Depois de ter o cadastro, voltei no dia seguinte para uma consulta no horário em que a atendente de meu bairro falou que o médico estaria. Depois de uma espera de uns 30 minutos para que a atendente me recebesse (havia uma fila na "minha região" ), fui encaminhada para uma médica. Fui extremamente bem atendida, numa sala limpa, arrumada, e perfeitamente adequada; fui questionada com as perguntas que qualquer médico privado faz. Ao fim do exame, a doutora me pediu um exame de imagem e disse que ele é feito no Rio Imagem, em frente à Central do Brasil (um local junto ao Metrô). A data será marcada pela "minha atendente" e ela levará até a minha casa essa informação. Estranho, não? Mas ouvi que é assim mesmo. E isso deve demorar de 1 mês e meio a 2. Como não tenho qualquer queixa de saúde, o tempo é esperável. Tudo segue de forma absolutamente tranquila. Estou super feliz!


Capítulo 8.


Estou vendo como funciona o SUS indo lá e sendo atendida. Ao comentar a experiência, a querida Miriam Madureira trouxe seu relato pessoal. Aqui vai: "Também usei o SUS bastante quando estava em SP 2013 e 2014, Maysa! Comigo e com meu filho. Atende na hora se você estiver doente e for à consulta para atendimento direto, ou ao AMA. Eu fui várias vezes ao AMA Sorocabana, na Lapa (de SP). Também me mandaram para um cardiologista noutro bairro, para um Check-Up, e foi excelente. Também com espera de 2 meses, mas não era urgente. Exames podem demorar mais. Fiz alguns por minha conta.
A atendente passa pela sua casa uma vez por mês (mais ou menos), pede para falar com você, pergunta se vc. e sua família têm tido problemas de saúde, se estão vacinados, se têm controlado mosquitos de Dengue... se achar que deve pede para entrar, para ver se você vive em situação de salubridade, se existem problemas graves (p.ex., violência) na família...."

Capítulo 9.

Indo ao SUS, antes que este governo que odeia pobres o destrua, tenho tido boas impressões.  Depois da inscrição, como relatei, estive numa ginecologista e numa clínica geral, ambas sérias e competentes. O ambiente é limpo e organizado. Pelas conversas com pacientes, vejo que o atendimento é bom e está dentro das expectativas. Não passei por situações de emergências, que é o mais aterroriza aqueles para quem conto que estou indo ao SUS. Vamos seguindo. Estou agendada para uma Mamografia no dia 26 no Rio Imagem, no centro do Rio, e para fazer exames de sangue, devo ir ao posto de saúde, entre 7 e 8, em jejum. 

Depois desse curto relato, vieram os comentários (ediatdos): 


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Nycia Craveiro Não passar por situações de emergência levanta tb o tópico, tao importante, da prevenção....
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Maysa Blay Verdade, é preciso cuidados para evitar certos riscos.
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Nycia Craveiro Evitar que se precise de serviços que nem a rede particular oferece com louvor....
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Maysa Blay

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Myriam Belinky O sus aterroriza aqui no nordeste devido uma carência absurda de tudo, mas mesmo assim confio plenamente.

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Maysa Blay

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Nina Taterka Prado Eu só uso o SUS. À muitos anos!! Estou com medo do golpista!!
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Nina Taterka Prado Eu moro em Paraty e aqui não faz sentido ter plano, pois não temos hospitais privados.

Meu filho se mudou pra sp e fiquei na dúvida se teria q fazer um plano ou não.
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Maysa Blay
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Nycia Craveiro Acredito q nosso posto deva ser o mesmo, tive 2 ótimas experiências ali, uma que começou em 2004 qdo inscrevi minha filha aos 5 aninhos na odontologia do posto (genial, prevenção e avaliação de 6 em 6 meses com consultas agendadas pra tratar as cár...Ver mais
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Aline Sabino Olha, dependendo da emergência, o SUS também é a melhor opção. Já ouvi isso de pessoas acidentadas. Os médicos do SUS são cascudos.
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Nycia Craveiro Diziam que pra baleados o Souza Aguiar é imbatível e pra ortopedia o Miguel Couto tb...não sei se ainda é assim mas não duvido.
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Nina Taterka Prado Em são Paulo, numa emergência, vá pro HC.
Mas não vá pra lá apenas com febre, melhor procurar uma UPA.
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Aline Sabino Na parte da vacinação, os postos de saúde também estão de parabéns. Quando comecei a vacinar meu filho num posto diferente, o de Vila Isabel - que vive cheio - me ligou pra verificar se eu estava em dia com as vacinas. Poderia e deveria já estar tudo isso informatizado, mas enfim... Fiquei feliz por ter que dar essa explicação.
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Nina Taterka Prado Tbem tive um caso de meu exame ginecológico vir com alteração e me ligarem pra marcar o retorno e iniciar o tratamento!!! Amei!!!
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Nycia Craveiro Minha netas postiças gêmeas fizeram vacinas no posto que nenhuma clínica particular tinha disponível.
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Maysa Blay
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Denise Leipziger Onde vc ta indo? Frequento o posto de saude da silveira martins e é um horror
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Maysa Blay Nesse mesmo. Tenho sido muito bem atendida. O que aconteceu lá com vc.?
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Denise Leipziger Tudo sempre. A espera foi mais de 6 meses pra atendimento. Is medicos faltam, ninguem desmarca. Nao tem especialistas, ate verem 1 exame seu de sangue pode demorar meses
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Maysa Blay Não tem sido assim para mim. Quando vc. teve estas experiências?
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Denise Leipziger Fui ate reler o seu comentario pq to perplexa, rs
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Denise Leipziger Sempre e so tem piorado
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Denise Leipziger E conheço varias pessoas q fazem uso. Nao entendi nada
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Denise Leipziger Vx ja fez exames laboratoriais no posto?
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Maysa Blay Vou fazer esta semana.
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Denise Leipziger Entao, depois me conta.
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Denise Leipziger O posto aqui era referencia, depois q im0antaram a clinica da familia acabou. Só. Quem tem uma onhecido la dentro cons3gue alguma coisa
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Denise Leipziger Nao consigo edcrever no celular, desculpa. Esbarro em todss as teclas, rs
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Maysa Blay Te conto sim.
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Denise Leipziger Se quise., tiro foto do cartao pra vc ver o tempo de espera, sendo q exam3s em anos de posto eu e meus conhecidos rec pó rremos a outros lugares-comuns pra fazer
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Ana Luiza Carboni O problema do SUS é q depende da região q vc mora. Já usei e tive problemas c marcação de exames, equipamentos quebrados, etc. O atendimento clinico sempre foi bom. A UPA mais perto tem serviço razoável de emergência, mas estamos mal de hospital.
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Claudiléa Pinto Preciso fazer meu cartão, vou ver aqui em Guapi, depois de uns 20 anos com planos. Não pagarei essa fortuna.
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Jenifer Vieira O SUS na época em que morava em Porto Alegre era melhor que muito particular, meus pais tinha tudo agendado por telefone e com hora marcada, no interior havia atendimento na residência. Mas gostaria de saber como funciona em grandes centros urbanos e baixada.
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Maysa Blay Experimente. Em que bairro vc. mora?
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Jenifer Vieira Maysa Blay por hora não vou fazer pois há pouco fiz uma super revisão, posso dizer que gastei até a último centavo do meu plano de saúde. A única coisa que fiz no rio em rede pública foi vacinas.
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Maysa Blay
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Marco Miglietta TERCEIRIZADOOOOO, a fragilidade para entrar novamente em colapso é total.
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Bruno Freixo Pedra vc é uma iluminada. 
eu não consigo nem me cadastrar no PSF. nunca recebi visita . nunca consigo atendimento de emergência em tempo minimamente razoavel se tanto. remedios cada vez menos disponiveis. raio x . não tem nada. 
uma vez fui na UPA pq era o único banheiro na tijuca aberto de madrugada . e bota aberto nisso. do lado da sala de espera . a porta nem fechava .
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Claudiléa Pinto Me metendo, você tentou outros lugares? Digo isso porque provavelmente as administrações variam de competências e vontade de fazer acontecer
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Bruno Freixo Pedra tudo é burocrático. 
vc não é uma pessoa. vc tem q ser um não-morador de rua pra ser atendido. vc precisa de comprovante de residência na área de atuação específica daquele posto de atendimento básico. vc não tem essa opção
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Maysa Blay

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Denise Leipziger Agora escrevendo no Notebook..........Olha, pelo menos em 2 anos e meio nunca consegui um especialista no Posto, nem ginecologista, nada!!! Apenas uma psiquiatra de 2 em 2 meses,q só receita pq não tem tempo de cvs.
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Rubin Pedro Também estive nesse posto, em busca de vacinas. É limpo e organizado, poucas filas, o atendimento muito bom
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Thomas Sachsse No Rio tive ótimo atendimento na emergência do Miguel Couto, equipe de ortopedia. No mais, como tenho plano de saúde, prefiro usar o plano para compensar o que pago e liberar o SUS.
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Thomas Sachsse Já na Bahia onde uso mais o atendimento público, emergência ou não, tenho um atendimento maravilhoso, com equipe boa a bons equipamentos. Pergunto e converso muito com as pessoas e todos elogiam muito. Concluo que depende muito da administração do hospital, PSF, prefeitura...


18/12/2016

Lutero Renato

Esta e a enfermaria da Urologia do Hospital Pedro Ernesto onde estou internado pelo SUS com um atendimento a nivel de primeiro mundo. Esta foto deveria ser esfregada nas fuças destes jornalistas de merda que so sabem retratar desgraças e desconhecem o trabalho exercido por estes profissionais que mesmo até sem receber os seus salarios corretamente destes governantes ladrões não deixam de nos dar um atendimento de excelência.



03/01/2017

Pois é, a última postagem algo super positivo sobre o Hospital Pedro Ernesto, um hospital estadual no Rio de Janeiro... e hoje, o relato de Flávia Lopes, que coloco em seguida. Veja que no último mês ficou clara a falência econômica do Estado do Rio de Janeiro. Servidores estaduais estão sem receber salários desde novembro de 2016. Estamos hoje no dia 3 de janeiro de 2017. Aí vai.

Feliz 2017 e Greve Geral na Saúde Pública! :(
Nova vinda ao hospital, fomos recebidos com a discussão de uma médica com alguém do outro lado da linha que não queria dizer se tinha a QT (bolsa de quimioterapia)... A médica sem se dar conta da gente começou a se desesperar dizendo que era contra a greve, mas que já não tinha forças, pq são anos lutando... Sem remédios, sem cateter, sem sangue, sem leitos disponíveis e agora sem salário... Disse que não vão poder aceitar uma nova paciente. Todos com olhares tensos, perdidos...
Eu chorei com uma enfermeira que disse que tem enfermaria que ninguém aparece. Ninguém!!! Tem funcionário que só trabalha aqui, fazer como? Os que tem outros lugares estão pagando pra trabalhar pq não recebem do estado!
Uma médica da hemato ficou fazendo plantões desde o ano novo aqui, indo de enfermaria em enfermaria... Nos corredores uma paciente com leucemia desde às 7:00 tentando a vaga... Soube que fecharam mais de 100 leitos, o plantão geral, setor dos adolescentes de 12 fecharam 8 leitos... Sensação estranha de impotência... :(

Hospital/clínicaRio de Janeiro
Leonardo Rocha esteve aqui



Seguindo nos relatos de minha ida ao SUS, desde outubro de 2016. Em meados de novembro recebi uma ligação da agente do posto de saúde do Catete (no Rio de Janeiro) agendando um exame de mamografia para mim para o dia 26 de dezembro. No Rio de Janeiro, os exames de imagem da rede pública de saúde são feitos num local chamado Rio Imagem, na Avenida Presidente Vargas. Este local pertence ao Estado do Rio de Janeiro.



No dia e hora agendado fui ao local. Fui informada que os aparelhos estavam quebrados e que a mamografia seria reagendada. A funcionária que me atendeu anotou meu nome e telefone num papel muito desorganizado e disse que eu não comunicasse isso ao posto de saúde. Hum.... Voltei ao posto, e sim, informei à atendente, que irá verificar se seu meu nome conta do reagendamento.

Quanto ao exame no Rio Imagem, creio que não serei atendida logo. O Estado do Rio faliu e seus funcionários não recebem salários desde novembro. Não cabe aqui discutir por que o Estado faliu (imagine). Fato é que se os aparelhos de mamografia não serão consertados em tempo.


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Acabei de ler na Folha de São Paulo uma matéria de 12 de abril de 2016.  






Classe média se surpreende com o "SUS que funciona"



Mais opções

Na manhã desta segunda (11), Gloriete, 62, utilizou pela primeira vez o SUS. Ela tem um plano de saúde, mas decidiu procurar a UBS Vila Alpina, na Vila Prudente (São Paulo) para ser vacinada contra a gripe.
A filha, que já havia esperado três horas na fila de uma clínica privada de imunização e pago R$ 120 pela vacina, comentou: "Se prepara porque a espera vai ser longa."
Para a surpresa de Gloriete, não foi. Ela levou menos de uma hora entre sair do carro, entrar na clínica, receber uma senha (havia cem pessoas na sua frente), ser vacinada e voltar para o seu carro.
Entusiasmada, ela conta que o serviço estava muito bem organizado, com uma fila exclusiva para gestantes e crianças e outra para idosos.
"Entrávamos em grupos de cinco pessoas, sem nenhuma confusão. No final, a atendente até me convidou para fazer a carteirinha do SUS e voltar para receber outras vacinas."
O relato de Gloriete contrasta com o que se viu em outras unidades da cidade no mesmo dia, onde houve longas filas, confusão e bate-boca. Na própria UBS Vila Alpina, no período da tarde, a realidade já era outra, com aumento da demanda.
Sorte ou não, o fato é que Gloriete saiu feliz da sua primeira experiência de usuária do SUS. Não é a primeira vez que presencio a surpresa de pessoas da classe média quando se deparam com o "SUS que funciona" (ainda que pontualmente). Cada vez que isso acontece, recupero, por alguns instantes que seja, a minha esperança de que um dia nós, brasileiros, vamos acordar e reivindicar o SUS que está na Constituição de 1988, um sistema integral, universal e gratuito.
Em 2015, quase 500 mil pessoas ficaram desempregadas no país e, portanto, perderam seus planos de saúde empresarias. Parte dessas pessoas já deve ter procurado um plano de saúde individual e percebido que essa modalidade praticamente não existe mais. O que restam são os chamados planos coletivos, que não têm o aumento anual regulamentado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e fazem reajustes muito acima da inflação. Alguns, os chamados "falsos coletivos" são verdadeiras ciladas.
Muitos desempregados "classe média", porém, passarão a utilizar o SUS. Isso terá um impacto significativo no sistema cronicamente subfinanciado, mas, ao mesmo tempo, talvez aumente a pressão por melhorias. Sem uma forte pressão popular, não há saída para o SUS.

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E hoje mesmo 3/1/2017, a amiga Lourdes Duarte escreveu.

Amiga, vai no SUS de Seropédica, de Xerém, outros dá Zona Norte como por exemplo Hospital do Andaraí. Se imagine fazendo uma cirurgia num Hospital dá Zona Oeste. Meu marido ficou numa maçã do corpo de bombeiros no corredor do Hospital do Andaraí, dias seguidos quase morreu de hemorragia fazendo um cateterismo num Hospital de cardiologia dá Zona Sul. Espero que você tenha sucesso.

E eu lhe respondi:

São dessas críticas e relatos que todos precisamos Lourdes Duarte. Se não escrevo sobre isso, você não faz este relato. É preciso levar isso adiante. Esta é uma luta concreta, que vai bem além de ficarmos só escrevendo coisas aqui e reclamando para nós mesmos. E, além disso, todos temos mil histórias de horror do sistema privado de saúde.


Em 17/01/2017

Eu: Fiquei bem impressionada pelo INCA Instituto Nacional do Câncer. Alem de tudo de bom e positivo que escuto de amigos que estão ou tem parentes se tratando lá, tive excelente impressão. Organizado, limpo, com atendimento digno e profissional.
Quando puder, vá lá doar sangue, de que eles precisam muito, e sinta a importância que o SUS tem.


Comentários
Triveni Kripá fui doadora agora com a idade nao posso mais ser. comecei doando para o inca ha cinco anos eles nao mais me aceitaram dizendo q estava com um pouco de anemia. fui ao hemorio e la nao me vetaram. continuei doando por mais cinco anos e agora me aposentei como voluntaria doadora. quis doar medula mas a idade nao permite.
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Daniele Ramalho Como sabe minha mãe se trata láeo atendimento tem sidomuito bom. Só é triste notar que, apesar do hospital viver lotado, a área de doação de sangue vive vazia.
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Daniele Ramalho Tenho doado e adoraria ver mais pessoas fazendo o mesmo.
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Ana Sueli Baldas Eles são muitos bons! Tenho um amigão q foi operado e acompanhado lá. Super competentes!
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Relato de Hevellin e Cristiano sobre o parto de Pan na Maternidade Escola - uma maternidade pública, ligada à UFRJ, no Rio de Janeiro.

Fora do intuito de fazer facebook de diário, mas usando experiências pessoais para falar sobre uma questão pública, faço esse post com atraso de duas semanas para falar sobre o meu pré natal na rede pública, especialmente da Maternidade Escola.
Normalmente estamos acostumados a escutar o quanto a rede pública está falida, principalmente a de saúde e educação, o que culmina no desespero de fugir dessa rede, caindo nas graças do tratamento particular via plano de saúde.
Desde o início da minha gestaçã, tive sérios problemas com a atual conjuntura da Unimed, plano de saúde que tenho desde meu nascimento: 31 anos. O que era solução se tornou problema, pela crise desse plano e diminuição de sua rede de médicos e hospitais. 
Perdi o obstetra que estava me acompanhando e fui para a briga de encontrar outro médico pelo plano que fizesse o parto normal. Depois de uma longa busca,  Cristiano conseguiu uma nova indicação e encontramos uma nova obstetra que nos transmitiu segurança. 
Nesse mesmo período a Unimed perdeu de sua rede a clínica São José e passou a ser atendida apenas na emergência da Santa Lúcia, nos restanto apenas essa opção de emergência para o meu parto. Como a complicação da Unimed estava me deixando insegura, decidi desde a perda do meu obstetra a acompanhar meu pré natal na rede pública, pelo posto de Santa Teresa. 
Estava nesse momento sendo acompanhada pela rede pública e privada, pensando qual seria a melhor escolha a se fazer. Ja estava no sétimo mês de gestação e acabei descobrindo a diabete gestacional, sendo encaminhada pelo posto para a Maternidade Escola, por se tratar de uma gestação de risco.
Não me restou dúvidas depois da minha transferência que iria ter o Pan na rede pública, o que foi um acerto em nossaa decisões. 
Passei a ser acompanhada por uma equipe  de profissionais: Obstetra, nutricionista e endocrino, o que seria uma complicação na rede particular, ter que encontrar 3 profissionais e ir até os seus consultórios semanalmente no fim da gestação. 
Além da equipe, tive todos meus exames atendidos no hospital e não me senti sozinha tratando a minha diabete.
A equipe que me acolheu decidiu adiantar meu parto para a 38 semana, após o início do uso de insulina. Não posso esconder que me senti frustrada quanto a isso, pois queria ter um parto natural, sem necessidade de intervenções, mas apesar da dura realidade fui recebida pela Dr. Gisele, anesesista e acupunturista que passou a fazer a minha indução durante a semana da minha internação. Foi muito bom ser recebida por ela, tenho grande gratidão por essa profissional, além da equipe que me recebeu no pré natal. 
A semana da minha internação foi um pouco tensa, nenhuma indução utilizada pelos médicos surtiu efeito, o que acabou em cesárea. 
Apesar de toda pequena estrutura espacial, de ter ficado 3 dias em um centro obstétrico recebendo a medicação para a indução estando presa em um box quadrado, vendo tudo que acontecia lá dentro, os médicos e enfermeiros não nos deixava a desejar no acompanhamento e na gentileza. 
Infelizmente falta verba para dar mais conforto aos pacientes,  principalmente aos acompanhantes que são recebidos com uma cadeira escolar para passar tantas horas nos apoiando.
No meu último dia de indução, ao qual não resultou no parto normal, fui recebida com a notícia de necessidade da cesariana, o que me deixou apavorada, pois morro de medo de cirurgias. No mesm momento obstetra, enfermeira e anestesista avaliaram meu caso e decidiram antecipar a minha cirurgia, já que meu emocional estava abalado. 
Passou tudo muito rápido e com muito amor e carinho, quando percebi Pan ja estava no meu colo e a cirurgia estava finalizando.
Estamos muito acostumados a não dar credibilidade a rede pública e depois dessa experiência me atentei a quanto isso se torna um tiro no pé. Para mim foi gratificante poder confiar no trabalho desses profissionais e tenho certeza que isso faz parte da valorização dessa rede. 
Quero deixar meu profundo agradecimento a todos os profissionais que me atenderam, ao Cristiano por toda sua paciência nesse momento difícil e aos amigos que nos apoiaram. 
Acabei deixando de falar da Cegonha Carioca, projeto que aborda questões do parto com uma conversa entre gestantes e profissionais da saúde, além de presentear as famílias com um kit de bolsa, roupinhas, toalha e alguns itens necessários ao Recém Nascido.

23 de abril/ 2017

Relato de Michelle Castilho, sobre uma moça, uma manicuri, que quebrou os dedos.

"Notícias da Maria, a manicure que quebrou os dedos ao ser assaltada. Ela conseguiu ir no Miguel Couto e foi super bem atendida por um ortopedista especialista em mãos. Ele garantiu que ela NÃO precisa operar!! Um alívio!!! Obrigada a todos que me mandaram sugestões para ajuda-la. Inclusive algumas mensagens relatavam que o Miguel Couto era excelente em ortopedia mesmo. Já fica a dica para todos. Enfim, MUITO OBRIGADA!!! Vocês são demais!!!!"





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