Qualquer judeu que conheça a história do nosso povo, sabe o que é ser perseguido, expulso, morto, isolado, nao ser benvindo, ser olhado com esquisitice ao longo de sua vida - hoje mesmo!
Não é necessário ser madre Teresa De Calcutá para ver-se no outro, no vendedor de esfiha, no pobre dormindo na rua, no ocupante do barco lotado à deriva no oceano.
Eu me vejo assim, num banal exercício de pensar que fomos mascates no Brasil vendendo fiado de porta em porta, fomos mendigos famintos e pestilentos nas ruas do gueto de Varsóvia, fomos os ocupantes de navios que não puderam aqui atracar.
Não é preciso muito para perceber de que lado nós, judeus brasileiros, de fato estamos. Violinistas andando por telhados - assim Scholem Aleichem nos descreveu. E é bom que tenhamos humildade para entender que isso é bem mais do que um musical de sucesso.
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