quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Diga não aos Transgênicos!

Transgênicos são uma aberração científica.


É falsa a propaganda da Monsanto, Bayer, Syngenta e outras empresas que pequisam, produzem e vendem sementes transgênicas, de que estas sementes dispensam o uso de agrotóxicos. Elas usam-nos, e muito, e progressivamente.

A monocultura convencional conhece de há muito o problema da uniformidade genética das culturas, que predispõe toda a plantação a pragas inesperadas. Com os transgênicos ocorre o mesmo. A seleção genética exógena, inserida nas sementes, que visa a dar resistência a determinados herbicidas (caso das sementes de soja modifcadas pela Monsanto e sua resitência ao Roundup - Glifosato - que mata TODO o resto) ou outras condições, mostra-se, a curto-prazo, ineficaz diante da natureza... que muta e muda... e produz superorganismos... resistentes ao escudo genético que os Novos Deuses da Vida criam em seus laboratórios.

A produtividade de sementes transgênicas é alta a princípio, mas não se mantém. Como a própria agricultura convencional, do agro-negócio, a agricultura com transgênicos também tem que - de quando em quando - buscar novas variedades na natureza.

Mas se ambas as culturas, convencional e transgênica, não preservam o meio ambiente, matas com alta diversidade biológica (solos e água), onde, no final das contas, buscarão novos genes que possam alimentar as bocas do mundo...e os bolsos do agrobussiness?

Numa palestra, num congresso da ASIPI, havia um representante da Monsanto que me disse, quando questionado por mim do porquê não investir em uma agricultura ecológica mais produtiva, que "não gosta de comer cocô". Surpreendi-me com tal resposta, mas, pouco depois, numa busca pela Internet, descobri que os funcionários da Monsanto estão instruídos a dar esta resposta quando o assunto é alimento orgânico. Sua intenção, de psicologia primária, é desqualificar o alimento orgânico associando-o, mentirosamente á "sujeira".

Por que as empresas de sementes temem uma agricultura que respeita a natureza? A procura por alimentos orgânicos é grande na Europa e tende a crescer. Parte do que o Brasil produz destes alimentos, por exemplo, é exportada para a Europa. Isto, por si só já seria inquietante para quem quer ter o controle global da produção de alimentos.

Mas há mais. O alimento cultivado com princípios ecológicos não permite o controle monopolizante de sementes, como fazem empresas como a Monsanto. Parte dos princípios do plantio natural é a seleção, por parte do agricultor, das melhores plantas para replantio de suas sementes. É algo que se faz há milhares de anos.

Além disso, se provarmos que a produção de alimentos orgânicos em grande escala é viável, o agrobusiness, ainda que tarde, enfrentará problemas. A demanda por alimentos saudáveis está crescendo.

Por fim, a política das empresas de biogenética de sonegar informações sobre seus produtos, não as tornam simpáticas para o grande público consumidor. Nao revelam que tipos de genes foram introduzidos nas sementes. Nao promovem experimentos para averiguar a segurança alimentar de seus produtos. Nao revelam que os pesticidas, como o Roundup (que acompanha necessariamente a soja transgênica da Monsanto) mata tudo o que não for soja alterada. Mata a grama, as árvores e os cultivos familiares que estejam no caminho dos pesticidas, aspergidos por aviões.Mata as pessoas também. A empresa também não revela que o Roudup, ou glifosato, é altamente cancerígeno e se impregna no solo e na água que se consome.

E, por fim, Monsanto e suas concorrentes, boicotam a rotulagem de produtos, que é lei, impedindo que o consumidor escolha se quer comer trnsgênicos.

POR TUDO ISTO, DIGA NÃO AOS TRANSGÊNICOS!

Como consumidores, temos um grande poder em nossa mãos: o de comprar ou deixar de. Consumidores informados escolhem melhor. E o fazendo, pressionam as redes de distribuição de produtos. No caso dos orgânicos, considerados caros, o consumo consciente deve torná-los mais baratos e disponíveis a um maior número de consumidores.

Assista o filme "O Veneno está na Mesa", de Sílvio Tendler, lançado em 25/07/2011. Ele está disponível na Internet.

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